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O jogo do poder

Publicado por Luiz Leal | 15 de Agosto de 2025 | 10:00h

Você já percebeu que, não importa quem ganhe a eleição, sua vida continua praticamente igual? Que promessa de campanha é igual previsão de horóscopo: até pode se realizar, mas não porque foi planejada? Pois é… a verdade é que presidente não manda no mundo. O jogo real não acontece no Congresso, nem na urna. Ele acontece nos conselhos administrativos das maiores empresas do planeta e nos escritórios enfeitados de fundos de investimento que controlam marcas, bancos, tecnologias, mídia e até a água que você bebe. Enquanto você briga no grupo da família por causa de “direita” ou “esquerda”, os donos da bola já ganharam o jogo antes de começar. Política, para o topo, é só entretenimento barato. Um teatrinho para manter a massa ocupada enquanto o verdadeiro poder, o dinheiro, as marcas, os ativos, muda de mão entre os mesmos poucos controladores. Se você acha que sua vida vai mudar porque trocou a cor da bandeira ou porque foi promovido no trampo, sinto dizer: você só subiu uma fileira na arquibancada. O jogo continua sendo jogado e o placar final é sempre decidido pelo mesmo punhado de gente.

Hoje vamos abrir essa caixa-preta. Sem teoria da conspiração, só fatos: quem controla quem, e por que, no fim das contas, a sua luta não é contra o vizinho de ideologia oposta em um tabuleiro que já foi montado para você ser só uma peça descartável.

Como funciona o jogo.
Imagine uma pirâmide:
Na base — milhões de empresas, lojas e marcas que você conhece (Coca-Cola, iPhone, Netflix, Nike…).
No meio — grupos de investidores que controlam várias dessas e outras marcas (Apple, Disney, Unilever, Volkswagen…).
No topo — os mega controladores: famílias bilionárias, fundos de investimento globais e holdings privadas (BlackRock, Vanguard, State Street, Berkshire Hathaway…) que possuem pedaços gigantes dessas empresas do “meio”.
É como se todo o comércio, entretenimento e informação fossem corredores que levam para o mesmo castelo, e no trono, poucos donos com sobrenomes que você nem conhece.

Otruque da narrativa:
Enquanto a mídia televisiva e online te faz focar em “guerrinha cultural”, negros vs brancos, ricos vs pobres, direita vs esquerda, heteros vs gays… O dinheiro continua circulando lá em cima. Governos mudam, CEOs mudam, mas o controlador final permanece. O presidente pode mandar na lei, mas não manda na Coca-Cola, na Amazon ou no Google — e adivinha quem influencia as leis? As empresas que financiam campanhas, controlam empregos e ditam tendências econômicas.
Exemplo simplificado:
Você compra um Gatorade → pertence à PepsiCo. PepsiCo tem ações controladas por fundos de investimento. Esses fundos controlam também fatias da Coca-Cola, Apple, Microsoft, Amazon, bancos… concorrentes entre si.
Moral da história: o mesmo grupo ganha dinheiro, não importa se você compra Coca ou Pepsi, Mc donalds ou Burguer king.

Aarmadilha da CLT
O “caminho padrão” que te ensinam é: “Estude, arrume um bom emprego, trabalhe 30 anos e se aposente.” Mas nesse modelo, você passa a vida inteira vendendo o seu tempo para gerar lucro… que no final sobe para o mesmo topo da pirâmide. Enquanto isso, quem está no controle vive de lucro sobre o capital, não de salário.
A regra real do jogo
Quem manda não é quem grita mais alto na política, é quem possui mais ativos. O jogo é sobre propriedade: terras, marcas, ações, patentes, tecnologias. Enquanto você briga pelo mini-game da superfície, os donos do tabuleiro decidem as regras.

Se você entendeu isso agora, tem duas opções:
Ignorar e seguir no piloto automático.
Aprender a jogar para subir de camada, acumulando ativos, construindo redes e criando algo que não dependa só do seu tempo. Porque no fim, o mundo é um tabuleiro gigante, ou você é jogador, ou é apenas um npc desse game.

No fundo, a vida funciona como um tabuleiro de War ou Banco Imobiliário: quem tem mais territórios e mais propriedades, manda. O resto só cumpre ordem e paga aluguel, isso inclui você, com seu tempo, seu salário e até suas escolhas de consumo. Ficar preso na ilusão de que “meu partido vai mudar tudo” é como torcer pro time que está levando goleada achar que vai virar o jogo só porque trocou o técnico. O técnico não manda nada se o dono do clube vendeu os melhores jogadores.
A CLT, então… é a coleira dourada do sistema. Te dá segurança, mas também te prende. Você troca 30 anos do seu tempo por um salário que mal acompanha a inflação e uma aposentadoria que mal paga suas contas, enquanto os caras do topo ganham mais num dia de dividendos do que você numa vida inteira de holerite. Não é pra você largar tudo amanhã e virar “empreendedor motivacional do Instagram”. Mas é pra você acordar: entender que o verdadeiro jogo é sobre possuir ativos, construir rede e investir em algo que te coloque do lado de quem decide as regras, e não do lado de quem fica chorando por elas.
Porque, no final, o mundo não é sobre “esquerda” ou “direita”. É sobre quem manda e quem obedece. E se você não está fazendo nada pra sair do segundo grupo… bom, parabéns. Você já perdeu antes de começar.

Luiz Leal
Escritor e Life Coach Realista